Muitas vezes em consulta ouvimos pais a assumir culpas porque “não souberam como fazer melhor”. Pais e mães conscientes tendem a perceber que os comportamentos dos filhos estão associados aos seus estilos parentais, ao modelo que transmitem, entre outros aspetos. Contudo, entram em ciclos ininterruptos quase automáticos e procuram profissionais de saúde quando os comportamentos indesejados já escalaram de tal forma, que toda a dinâmica familiar se encontra comprometida e em crise. Quando os pais tomam consciência de que as suas ações interferem no desenvolvimento dos seus filhos, já é um sinal muito positivo, mas não chega. Ao invés de assumir responsabilidade e procurar fazer diferente e ser consistente, a culpa boicota qualquer ação e promove a vitimização levando a que os pais se sintam incapazes e sem esperança, vendo consequentemente no Psicólogo um salvador milagroso para as dificuldades familiares. 5 FATORES A TER EM CONTA QUANDO PROCURA UM PSICÓLOGO PARA O SEU FILHOSão muito importantes os próximos aspetos para que a procura e o apoio de um Psicólogo se reflita efetivamente na mudança dos comportamentos indesejados que nos levaram a procurar ajuda: 1. Tomar consciência de que reconhecer que precisamos de ajuda é um ato de humildade e coragem. Hoje estamos habituados a ver exemplos magníficos por todo o lado e, por vezes, sentimos culpa por não conseguir fazer tão bem quanto o “vizinho”. Na verdade, não conhecemos as realidades que nos rodeiam, pelo que é importante percebermos que o nosso caso é único e específico, e compararmo-nos nem sempre é positivo ou nos faz crescer. 2. Transforme culpa em responsabilidade. Isto é, não podemos mudar o passado e aquilo que foi feito nesse passado foi com uma intenção genuinamente positiva, então aceitemos que o nosso desenvolvimento enquanto ser humanos nos leva a dar atenção e tomar consciência de fatores para os quais antes não estávamos despertos. Assuma a responsabilidade de que já percebeu o que tem de melhorar e que tem todos os recursos dentro de si para poder fazê-lo e, mais importante, assuma tudo isso sem culpa! 3. O psicólogo não será o mágico que procura para alterar o comportamento do seu filho, mas sim um coadjuvante nesse processo. Isto implica que enquanto pai, se assuma e acredite no poder da mudança e das suas implicações na relação entre pais e filhos, no comportamento e estabilidade emocional da criança. 4. Não se esqueça de que também é pessoa e, por esse motivo, vai errar e acertar inevitavelmente. Aceite os seus erros como parte do processo de aprendizagem e valide as suas emoções como ser humano, não como super-herói. 5. Os comportamentos desajustados ou indesejados do seu filho são quase sempre sintomas. Então, interprete-os como um sinal de algo e não como facto inalterável devido a algum “defeito de fabrico”. Por fim, não se esqueça de que o seu filho é apenas uma criança, que o ama incondicionalmente e que todos temos potencial para mudar, só precisamos de coordenadas. Convido-o (a) a marcar uma consulta de Life Coaching ou de Psicoterapia comigo, com o intuito de o (a) ajudar a compreender melhor o comportamento do seu filho. Dra. Catarina Martins Psicóloga Clínica no Learn2be Lisboa e Almada
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