Para que é que tenho jeito?Para que é que terei jeito? Em que é que serei bom? O que quero ser? São estas algumas perguntas que muitos jovens não conseguem responder na hora de decidir qual a área de estudos seguir no ensino secundário, ou qual o curso superior, técnico, profissional escolher no final do ensino obrigatório. Será esta indecisão natural? A resposta é Sim: Tendo em conta que o ensino em Portugal, na maioria das escolas, procura estimular muito mais competências cognitivas de memória, atenção e todas as aptidões escolares e muito menos o auto-conhecimento, gestão das emoções, criatividade, é natural que muito jovens, mesmo excelentes alunos, cheguem a momentos decisivos sem se conhecerem ou se conseguirem comprometer com uma escolha, num momento em que o “ser” profissional se (con)funde com o “ser” enquanto pessoa, e em que nem sequer se sabe bem quem ser enquanto individuo. Porque não se consegue escolher Tomar decisões num momento de busca identitária, em contextos imprevisíveis e de permanente mudança é aquilo que se pede aos jovens que transitam de ciclo ou ambicionam ingressar no ensino superior. A adolescência é uma fase na qual os jovens deverão, no sentido de um desenvolvimento saudável, deixar as asas dos pais e começar a voar por eles próprios. As relações de amizade tornam-se mais intensas, começam a experienciar emoções das quais os pais os tentaram proteger na infância (como a desilusão, solidão, desamor) e deparam-se com todo um mundo novo onde necessitam de expressar opiniões, experimentar coisas novas... Ou seja, um turbilhão imenso, que se desenrola no sentido da busca de uma identidade única. Além de toda a complexidade que envolve a adolescência, a dificuldade em perceberem quem são, o que gostam, fazer uma escolha que à partida se deseja o mais definitiva possível, para não se “perder tempo”, pressiona os jovens, gera ansiedade, insegurança, medo de falhar ou de não corresponder às expetativas de pais, professores, familiares e sociedade no geral. Os pais sentem que não conseguem ajudar, os filhos perdidos e sem saída à vista. Atribuem-se culpas, fala-se mal do sistema e ensino que obriga os jovens a escolher caminhos numa fase complexa a todos os níveis mas, na prática, as dúvidas e incertezas pressistem e angustiam os jovens e as suas famílias. Em que se distingue o Learn2Be ao nível da Orientação Vocacional? Algumas escolas possibilitam aos seus alunos fazer no 9º ano aquilo que se chama “orientação vocacional”, isto é, em grupo preenchem alguns testes psicológicos que depois são analisados por um psicólogo e os resultados são devolvidos indicando quais as áreas que o aluno terá mais preferência em termos profissionais. Contudo, se para alguns este procedimento ajuda a confirmar as preferências já identificadas, para muitos esta avaliação, sobretudo pela falta de recursos humanos, acaba por ser limitada uma vez que não vai ao encontro das necessidades mais específicas da maior parte dos indecisos. Se para alguns jovens a indecisão vocacional apenas expressa uma fase do processo normativo de desenvolvimento, para outros é um sintoma de outras questões que deverão ser avaliadas e trabalhadas ao nível psicoterapêutico e que às quais a escola não conseguem dar resposta. Alguns estudos apontam para existência de uma relação estreita entre a indecisão e:
Assim, consideramos que uma avaliação completa e útil será aquela que identifica as questões emocionais e de personalidade que estão a atrapalhar a tomada de decisão, além de identificar preferências e aptidões mais especificas e únicas de cada individuo. A Orientação Vocacional ganha uma dimensão muito mais esclarecedora e consistente para quem se encontra em busca de si mesmo uma vez que define um mapa que possibilitará uma maior compreensão de si e a oportunidade de fazer uma escolha consciente para que o jovem satisfaça todo o seu potencial.
0 Comentários
Seu comentário será publicado após ser aprovado.
Enviar uma resposta. |
E-book Grátis:Sobre este blog:Bem-vindo ao Blog Learn2be Academy. Categorias
Todos
|