Não é o seu problema que lhe causa sofrimento mas sim os seus pensamentos sobre ele. Certo é que muitas pessoas passam pelo sofrimento mas, de uma forma otimista, muitas já deram o passo de querer transformar esta parte da sua vida em algo muito melhor. Teoricamente o Sofrimento é descrito como uma sensação negativa, um reflexo, uma resposta pouco saudável a algo que é sentido como uma ameaça, algo externo que está a inflingir desiquilibrio e dor. Expressa-se, e é visível, num conjunto de comportamentos e sentimentos negativos, que são indicativos de que aconteceu algo na vida daquela pessoa que ela não desejava ou esperava mas, que permanece a sua consequência com desesperânça. Quando em sofrimento, a pessoa sente que foi deitada abaixo ou maltratada por outra de quem esperava melhor tratamento. Vive numa crença irracional acerca da sua realidade exterior e interior e as suas conversas internas giram, por exemplo, em torno de “ a minha ex está a sair com o meu melhor amigo, o que não deveria acontecer. Por isso sinto-me tão pouco amado”, No entanto, a realidade é quase sempre mais gentil e estruturada do que aquilo que pensa acerca dela. Também a forma como a percepciona ou descreve é mais “floriada” ou “espinhada” do que objetivamente ela é na sua essência. Na origem do sofrimento estão muitas vezes crenças irracionais e rígidas que não estão em consonância com a realidade e provocam desajustamentos nas respostas ao exterior. É natural que justifique o seu sofrimento comparando-se com outras pessoas.A sua personalidade diferente e as suas experiências de vida são desiguais aos outros, tem problemas que causam danos emocionais profundos e, julga não haver solução ou que não está nas suas mãos encontrar uma resposta. Pode até sentir que tem pensamentos e traumas tão “vividos” que se pode entregar às suas consequências e, então, permanecer enredada no seu sofrimento. O mundo à nossa volta pode realmente ser doloroso. Na verdade há muita coisa que não controlamos, mas, e o nosso pensamento? E as decisões, as iniciativas, os valores e limites que fomos construindo para nos definirmos como pessoas? Não são nossos? Não serão eles os guias para nos orientarmos e sermos melhores nisto que é a vida? São em primeiro lugar os nossos pensamentos, a forma como interpretamos o ambiente à nossa volta que nos orienta e motiva a comportarmo-nos da nossa maneira. Agora, será que comportar-se de forma sofrida, como se tudo provocasse dor, é a unica e melhor forma de reação aos desafios da sua vida, ao trauma e até à violência? A vida está a pôr-nos à prova sim, mas na forma como pensamos e percepcionamos as capacidades que temos, a confiança que temos,ou não, de ir vivendo a vida e, isto de viver dá trabalho. Este prazo de validade em que se está a colocar, a importância e até a identidade que sente com o sofrimento, é irreal.O pedido de ajuda só acontece quando aceita que já não se identifica com o sofrimento ou, quando o seu pensamento invadido por descrenças não consegue já vislumbrar alternativas e gira sempre em torno do mesmo péssimismo. A ajuda psicológica dá importância a todas as outras partes da sua vida que estão enterradas pelo peso atual do sofrimento, num processo construtivo e com soluções adequadas ao seu sentir. Ajuda-o a pensar o mesmo cenário mas com as perspectivas das outras partes de si que permanecem funcionais. Se virmos bem, somos confrontados diariamente com as adversidades da vida, da realidade que nos é externa. Na maioria das vezes somos levados a lidar com esses precalços de forma controlada e até criativa. Mas existem situações em que parece que não estamos preparados e a ansiedade comanda todas as nossas reações impensadas. O sofrimento vem muitas vezes do conflito entre os pensamentos e a realidade.O ser humano tem tendência a acreditar num pensamento seu que está em oposição à realidade. Ou, acreditar que a realidade é tão pesada e dolorosa que ele próprio não tem capacidade para lhe fazer frente. A realidade é aquilo que é. Não é útil desejar que a realidade seja diferente... por exemplo, pensar «o meu marido não é sensìvel como eu, e é por isso que ele não me ama»,ou que «as pessoas não respeitam as filas» . Aceitar tal aflição interna tão severa começa por compreender como é que está a dar significado e responder à VIDA.É mesmo importante duvidar dos nossos pensamentos, em que verdade está acreditar. Se é o mundo que está contra si, se há mesmo coisas que não lhe deveriam acontecer (a morte de um filho, a casa que ardeu, etc..) ou, será que, com esta tristeza profunda temporária, e com esses pensamentos, não aceita que essas coisas acontecem na vida... e, que não é no looping dos mesmos pensamentos que vai conseguir ultrapassar o sofrimento. Neste momento podemos sugerir-lhe que entre nos seguintes desafios de trabalho transformativos:
Em consulta fazemos o paciente pensar sobre a QUALIDADE dos seus pensamentos, se fazem sentido, e o que seria realista pensar para alcançar o melhor de si.
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