Pânico - um olhar à experiência do medo
Os ataques de pânico são cada vez mais abordados no dia a dia de todos, afeta qualquer pessoa, em qualquer faixa etária, classe social ou situação económica/familiar.
A grande quantidade de pessoas que se vê em situações, descritas como estando a ter um ataque de pânico, é cada vez mais recorrente, importando por isso falar sobre o tema.
Importa igualmente referir que um ataque de pânico deverá ser visto como a manifestação de conflitos internos mascarados nesta forma de expressão corporal/psicológica, importando e muito, a sua compreensão e atuação em conformidade.
O que é um ataque de pânico?
Do ponto de vista psicológico, podemos "olhar" para este assunto como um medo que é aprendido a partir de certas sensações corporais, sensações essas que irão ser associadas a um ataque de pânico. Assim, um ataque de pânico poderá ser descrito como um episódio intenso e súbito de medo que desencadeia um conjunto de reações físicas e que ocorre na ausência de um perigo real e, muitas vezes, sem uma causa aparente conhecida.
Um episódio de pânico poderá ser muito assustador para qualquer pessoa, principalmente, não conhecendo as razões, as sensações ou o desfeixo que essas sensações estranhas e interpretadas de forma catastrofizadora poderão ter. Grande maioria dos pacientes ou pessoas que tenham experienciado um ataque de pânico conseguem identificar a presença de situações stressoras no momento do seu primeiro ataque de pânico.
Um ataque de pânico, como o próprio nome indica, poderá ser um ataque ao bem-estar de qualquer um, por gerar uma sensação de morte iminente.
Acrescentando a este sentimento de impotência e medo extremo experienciado, o que caracteriza, fundamentalmente, um ataque de pânico é a ansiedade sobre a recorrência desse pânico e não o pânico por si próprio, ou seja, é a antecipação de que novos episódios semelhantes ocorram, de que novamente se experiencie medo extremo ou sensações físicas associadas, é a antecipação da catastrofização face ao medo.
Quais as sensações físicas que caracterizam um ataque de pânico?
Um ataque de pânico é composto por variadas sensações físicas e/ou psicológicas. Importa referir também que o pico máximo de medo ou desconforto intenso é de 10 minutos, havendo de seguida uma diminuição gradual das sensações experienciadas.
Os sintomas que descrevem um ataque de pânico são:
Como funciona um ataque de pânico?
O ataque de pânico incorpora sempre um conjunto de passos necessários à sua formação. Habitualmente, o mesmo é composto por um estímulo. Este estímulo poderá ser interno (ex.: Pensamentos ou imagens) ou externo (ex.: Estar no meio de muita gente) a nós.
De seguida, experiencia-se alguma apreensão face a esse estímulo.
Essa apreensão resulta em sensações corporais que são interpretadas de forma errada. Respostas que o nosso corpo daria habitualmente noutras situações e seriam interpretadas como sendo adequadas à mesma, quando falamos de um ataque de pânico, a interpretação que é dada a essa resposta é vista como esta sendo perigosa.
Desta forma passamos ao último passo na formação do ataque de pânico, que é então a interpretação catastrofizada das sensações, e a interpretação errada das mesmas.
Do simples ataque à complexa perturbação de Pânico
O ataque de pânico não compreendido, não trabalhado e elaborado, poderá dar lugar à perturbação de pânico.
A perturbação de pânico tem uma evolução crónica, e varia de pessoa para pessoa.
Observa-se assim que após a primeira crise / ataque de pânico, muitas pessoas desenvolvem uma preocupação persistente e constante de que possam vir a experienciar novamente um ataque de pânico
É essa antecipação constante em relação a uma possível repetição das sensações experienciadas que leva a uma hipervigilância constante e a uma atenção sobre si mesmo, como se se ficasse auto focado, contribuindo assim para um aumento enorme de ansiedade antecipatória.
Os evitamentos decorrentes destes medos, destas antecipações contribuem para o acentuar de sintomas, de sensações e portanto, fortalecer a perturbação de pânico.
Tratamento à Perturbação de Pânico
Após várias dezenas de anos, de testes e estudos, o tratamento ao nível de fármacos é já, e de forma consensual, visto como pouco eficaz. Poderá ajudar numa primeira fase do tratamento mas não resolve.
A combinação com técnicas de relaxamento e de respiração também ajudam mas é fundamentalmente o conhecer e compreender os conflitos psicológicos subjacentes aos ataques de pânico, perceber o que está por trás do estímulo interno ou externo que desencadeou o primeiro ataque de pânico, compreender que a ansiedade que provavelmente caracteriza a pessoa funciona como mecanismo de manutenção à perturbação, executar técnicas bem desenvolvidas e aplicadas e utilizar estratégias bem definidas por um psicoterapeuta.
A psicoterapia e o aconselhamento são assim a única forma eficaz de tratar esta temática, pois apenas um terapeuta especializado, como acontece na clínica Learn2Be, pode fornecer informações sobre a origem, a causa e a manutenção dos ataques de pânico, só um terapeuta poderá seguir com um paciente o seu tratamento e assim ver aumentar as hipóteses de sucesso do mesmo, decorrente da experiência e conhecimento mas também da relação de confiança estabelecida com o profissional da saúde.
Identifica-se com este quadro?
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Psicólogo Clínico e Life Coach em Learn2Be Algarve
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