Neste mês de Janeiro 2021, poderá encontrar na Revista Cristina um artigo do Dr. Miguel Gonçalves (Diretor Clínico da Clínica de Psicologia e Coaching Learn2Be. No artigo do Dr. Miguel Gonçalves aborda o novo ano de 2021. Que planos fazer? Como esperar de 2021? Como encarar o novo ano? Como lidar com a frustração?... E muito mais! leia abaixo o artigo do dr. miguel gonçalves
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Nós não vivemos num espaço, vivemos num tempo. O espaço está sempre lá e sempre estará, o tempo em que neste momento estamos, não. O tempo passa, o tempo voa, e nós voamos com ele. Quando voltamos à casa da infância, o espaço continua lá, o que mudou foi o tempo. Aquele lugar já não é experienciado da mesma forma que foi, porque nós já não somos a mesma pessoa que fomos. Foi num outro tempo. As coisas e as relações vão e vêm. São reais apenas no tempo que em existem. O tempo não se junta, não se poupa, não se duplica. Não é possível pedir um empréstimo de tempo. O tempo é o bem mais valioso que temos e muitas vezes o nosso valor menos cuidado e valorizado. O mais importante que podemos dar aos nossos filhos é o nosso tempo. A autoestima dos nossos filhos está relacionada com o sentirem que são válidos o suficiente para que os seus pais passem tempo de qualidade com eles. O mais importante que podemos dar às nossas relações é o nosso tempo. O mais importante que podemos dar à nossa saúde é o nosso tempo. O tempo é a única unidade de medida válida, tudo o resto acaba por ser temporário e efémero. O tempo é a única unidade de medida real. Como consome o seu tempo? Mamoplastia, mastopexia, otoplastia, lipoaspiração, abdominoplastia, rinoplastia, blefaroplastia, facelift. Se já ouviu falar de algumas destas cirurgias estéticas então provavelmente já pensou que podia aumentar os seios, reduzir as orelhas, perder alguns quilos, definir a barriga, reduzir o nariz, corrigir deformidades das pálpebras ou talvez eliminar algumas rugas ou manchas. Esta procura pelo corpo perfeito está cada vez mais presente, assistimos a uma insatisfação constante com a imagem que as pessoas têm do próprio corpo. E a imagem que temos de nós próprios é essencial para a nossa vida, na medida em que influência os nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Se tivermos uma auto-imagem positiva, uma boa auto-estima vamos ter sentimentos de satisfação, respeito, aceitação, valorização em relação a nós próprios. Pelo contrário, se tivermos uma auto-imagem negativa, uma baixa auto-estima, temos tendência a nos sentirmos inseguros, a ter uma visão negativa de nós próprios e a desenvolvermos comportamentos ansiosos e até mesmo depressão. As cirurgias estéticas constituem um meio de obter o corpo desejado e estão muitas vezes, ou quase sempre, relacionadas com a nossa auto-imagem, uma vez que são uma forma de aumentar a auto-estima e bem-estar pessoal.
Os motivos acima mencionados, apresentam todos de certa forma uma relação com a insatisfação da sua própria aparência. Contudo, a diferença é que no caso da Perturbação Dismórfico Corporal, essa insatisfação é levada ao extremo. Umas insistem em não largar, outras não sabem como o fazer. São crenças fortes, cristalizadas numa zona deprimida interna que não deixa as suas partes ligarem-se umas às outras, entrando o conflito psicológico grave. Crenças de que lhes acontecem coisas que não poderiam acontecer a mais ninguém. Crenças sérias de que são diferentes das outras pessoas, e são, mas neste caso de uma forma pessimista de que os outros são um pouco mais afortunados e que nunca escorregam na casca de banana ou que nenhuma gaivota jamais se lembraria de lhes carregar em cima. Caso da Ana É o caso da Ana. A Ana entrou no meu consultório com um olhar perdido e um estômago debilitado pelos anos em que foi sentido alguns murros metafóricos. A Ana é uma rapariga simpática, meiga e atenta, apresenta-se muitíssimo pesada mas em tudo o que faz é como se fosse muito leve, não vá ela partir alguma coisa ou pisar o chão com demasiada força e deslocar alguma tábua.
O espaço terapêutico é uma das características mais importantes de um processo terapêutico. Quando digo espaço, não me refiro ao espaço físico (em “psicologês” este tem o nome de setting terapêutico), mas sim o espaço para algo que é só nosso, privado e seguro. Para além disto, é um espaço diferente de todos os outros e que não está contaminado por outros contextos, pessoas ou agendas. É um espaço só seu. Dito isto, recorrer a este espaço não deveria ser um ato de desespero, mas sim um investimento no nosso bem-estar psicológico, que é, sem dúvida, a chave do nosso bem-estar geral. A psicoterapia é um processo que é fundamental para sermos a melhor versão de nós mesmos, e como consequência a melhor versão para aqueles que nos rodeiam. Não é um processo fácil, pois obriga-nos a mexer (e remexer) lá dentro. É emocionalmente intenso, às vezes frustrante, obriga-nos a entrar em contacto com coisas que não queríamos ou que nem sabíamos que estavam a ter tanto peso na nossa mente. A parte boa é que este é um processo a dois: é a relação terapêutica que serve de base à terapia e que nos permite criar as fundações para um bom trabalho terapêutico. Confiança, empatia e segurança no psicoterapeuta é fundamental e condição chave para o sucesso desta caminhada.O Dr. Miguel Gonçalves foi o convidado da Kuriakos Tv, para mais um programa na "Manhãs na TV". Neste programa desenvolveu o tema: Como garantir que os filhos são saudáveis a nível Emocional e Psicológico? Um programa cheio de informação rica que vale a pena ver e rever. VEJA A PRESENÇA DO DR. MIGUEL NA ÍNTEGRA ABAIXO:
Temos uma equipa de profissionais nas áreas de Psicologia e Coaching, preparados para o auxiliar na sua vida! Quer perder peso, de forma mais permanente?Milhares de pessoas estão a pensar o mesmo. Pessoas que por uma razão ou por outra acabaram por ganhar alguns quilos extra, que no fundo sabem que não estão realmente felizes com os seus hábitos alimentares, e procuram uma mudança. Na maioria dos casos, todos concordamos que as pessoas não decidem conscientemente comer excessivamente e ganhar peso. É um hábito destrutivo repetitivo que muitas vezes é bloqueado na nossa mente subconsciente. A Hipnoterapia de Perca de Peso ajuda a substituir o mecanismo de alimentação não saudável repetitivo, substituindo-o com uma visão positiva para nutrir hábitos alimentares saudáveis. Talvez as dietas tradicionais nunca tenham funcionado consigo, mas se estiver disposto a tentar algo que lhe irá dar as ferramentas necessárias para controlar os desejos relacionados com a comida, experimente a Hipnoterapia de Perca de Peso da Learn2Be com a Coach Marta Pereira e comece agora mesmo a mudar a sua vida para melhor. A Hipnoterapia de Perca de Peso é um processo eficaz para controlo de peso, que como o nome sugere utiliza o conceito de programar a mente para alterar a sua forma física de forma mais permanente. Este processo explora com sucesso o poder que cada indivíduo tem dentro de si para fazer mudanças na sua vida. Esta é a solução: A Hipnoterapia de Perca de Peso é uma técnica que usa o poder da hipnose para que o paciente se habitue a ficar satisfeito com quantidades menores de comida.A adolescência (que em latim significa «crescer») é a fase do desenvolvimento humano centrada na transição entre a infância e a idade adulta. Implica, desta forma, grandes mudanças em áreas estruturais do nosso funcionamento psicológico: físicas, cognitivas, emocionais e relacionais; que se interrelacionam com os vários contextos em que os adolescentes se inserem (família, amigos/pares, escola, sociedade, cultura). Este período do desenvolvimento humano é muito intenso e exigente, pelas grandes transformações que acarreta.Nesta fase existe, simultaneamente, um grande potencial de mudança e crescimento e também uma maior vulnerabilidade ao risco e a problemas de saúde mental. As principais tarefas de desenvolvimento da adolescência estão relacionadas com o processo de construção da identidade, com a autonomia face às figuras parentais e com a centralidade das relações e vivências fora da família (pares, escola, sociedade). Nomeadamente:
O Dr. Miguel Gonçalves foi o convidado da Praça da Alegria na RTP1 programa apresentado por Jorge Gabriel e Sónia Araújo. O Psicólogo, Coach e CEO da Clínica de Psicologia e Coaching Learn2Be esclareceu dúvidas acerca da ansiedade e stress dos adolescentes em época escolar, bem como o papel dos pais neste tema. Miguel Gonçalves Psicólogo, Coach e CEO da Clínica Learn2Be O (Difícil) Processo de Separação dos PaisApós a leitura do artigo - A Ansiedade Infantil - O meu filho está sempre preocupado. Será normal? (Parte II). Podemos concluir que a ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão e angústia, caracterizado por tensão ou desconforto, derivado da antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. O facto da infância e da adolescência serem períodos caracterizados por grandes e impactantes mudanças físicas e psicológicas, torna natural que as crianças e jovens experimentem diferentes níveis de stress face a todos os novos desafios que estas novas mudanças acarretam. No entanto, algumas destas crianças e jovens não são capazes de atingir um ajustamento psicossocial saudável, podendo apresentar diferentes perturbações ou sintomatologias, como a ansiedade, que podem influenciar o seu desenvolvimento e funcionamento nos vários contextos onde se encontram inseridas, nomeadamente familiar, escolar e social. para a maioria das crianças e dos adolescentes, a ansiedade é uma experiência comum, funcional e transitóriaComo pode a psicoterapia ajudar os jovens em dificuldadeNo primeiro artigo sobre este tema (que pode ler neste link) descrevemos os motivos mais frequente que levam os jovens, entre os 20 e 30 anos, a procurarem a consulta psicológica. Nesse rol, elencámos. Os problemas de construção de uma identidade segura, as dificuldades de intimidade expressas na abordagem defensiva e superficial das relações interpessoais, a vivência da incerteza sobre as expetativas futuras frequentemente produtora de experiências de stresse. Ficou a promessa de uma síntese explicativa das razões que levam os jovens a experimentar estas dificuldades e o esclarecimento de como a psicoterapia pode ajudá-los a ultrapassar essas barreiras. Os motivos principais dessas dificuldades podem, em primeiro lugar, ser explicados por algumas mudanças significativas em termos sociais, ocorridas nas últimas décadas, e que transformaram a trajetória de construção da identidade num percurso muito mais complexo, incerto e sinuosos que outrora. Nestas mudanças destacamos a enorme velocidade de mudança social, particularmente acentuada pela inovação tecnológica. Muitos conceitos tradicionalmente claros tornaram-se fluídos ou, até, obsoletos.Como exemplo, refiro os conceitos de tempo e de espaço, altamente estruturantes da organização psicológica das pessoas. Antigamente as pessoas cresciam no contexto de relações mais estáveis com os espaços onde viviam, os quais delimitavam de forma clara, as referências que formavam o background cultural de cada indivíduo. Hoje, as crianças e os jovens crescem num mundo global, marcado pela multiplicidade de culturas, referências, perspetivas, crenças, etc. Esta realidade oferece maiores oportunidades de contato e exploração de diversas alternativas o que enriquece a construção da identidade. Porém, diminui brutalmente a segurança que o mundo mais definido e com menor diversidade oferecia.
A evolução social, por diversas razões, tem vindo a valorizar cada vez mais a imagem pessoal como uma categoria muito importante na avaliação social que é feita aos indivíduos. O papel da moda, a massiva divulgação pelos media das referências que definem uma boa imagem corporal, o desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos e de produtos de cuidado estético cada vez mais sofisticados, constituem alguns fatores contributivos para a relevância da imagem. Ansiosos pela afirmação da autonomia individual e simultaneamente receosos da avaliação social, os adolescentes atribuem frequentemente um valor enorme à sua imagem pessoal, seja ao nível das suas caraterísticas corporais, seja na forma como se apresentam. os adolescentes gastam, em média, várias horas a consumir produtos multimédiaComo pode a psicoterapia ajudar os jovens em dificuldade?A presença na consulta psicológica de jovens na terceira década de vida tem vindo a aumentar. Uma solicitação que raramente deriva da existência de qualquer organização psicopatológica nestas pessoas. O motivo é frequentemente o incómodo com a dificuldade em selecionar e/ou concretizar algumas decisões importantes para a sua vida, presente e/ou futura. Uma incomodidade assente na incerteza sobre as escolhas e caminhos a percorrer, por vezes mais centrada nas opções vocacionais/ocupacionais enquanto outras vezes mais relativa à esfera interpessoal. Embora a participação destes jovens na consulta psicológica tenha aumentado, a minha experiência de vinte anos de docência universitária mostrou-me que existem muitos mais jovens que poderiam beneficiar com este tipo de apoio. Então porque não o solicitam? |
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