Vivemos, atualmente, um momento emocionalmente exigente. Ainda não recuperados do susto e de toda a gestão pandémica que a Covid-19 provocou no mundo inteiro, entramos de repente num tempo que vem surpreender todos por abalar a paz que se vivia há décadas na Europa. Neste novo tempo, em que uma guerra invade a sensação de esperança e, principalmente, de segurança, importa lembrar que não há guerra com empatia, não há guerra com organização mental e educação emocional. Também não há guerra com valores humanos elevados. E de certeza que não há guerra sem desejos e fantasias de poder e autoridade de alguém. A guerra na Ucrânia obriga-nos a gerir, uma vez mais, emoções fortes e pensamentos ruminantes. Muito associados ao medo, à insegurança, à ansiedade, ao stress e à tristeza. Torna-se por isso essencial normalizar alguns sentimentos e pensamentos associados a este novo tempo. Um tempo de crise que, como tal, obriga a algumas gestões pessoais, de auto-cuidado e auto-conhecimento. Auto-Cuidados e Auto-Gestão A aceitação de emoções e sentimentos anormais é essencial. Ter sentimentos anormais em tempos anormais é, na verdade, normal. Aceitar não significa que nos tenhamos que resignar. Aceitar significa que normalizamos o sentir e deixamos que o mesmo faça o seu percurso sem o castrarmos. No entanto, alguns auto-cuidados são fundamentais para melhor gerir este tempo novo e instável. Auto-cuidados que passam pela gestão de informação consumida relativa ao assunto perturbador e limitação de foco no mesmo. Foco naquilo que podemos controlar e que melhor nos ajuda a gerir os níveis de stress experienciados. Procurar não estar tão isolado é importante para nos trazer esta sensação de estarmos acompanhados quer ao nível de sentimentos e emoções, quer ao nível das causas e valores que partilhamos. Somos seres sociais pelo que a socialização é um bom aliado à gestão interna da ansiedade, da tristeza, da ruminação mental. Outra tarefa ao nível de auto-cuidado é o manter de rotinas prazerosas e saudáveis. Rotinas que dêem foco e preencham um espaço interno que traga um sentir de maior controlo, esperança e segurança interna e externa. Rotinas prazerosas que aumentem níveis de serotonina e dopamina responsáveis pelo nosso bem-estar emocional. Rotinas que funcionem também como escapes a partes internas mais depressivas. Atividades de lazer e, principalmente, ao ar livre são sempre bons apoios neste nivelar emocional. Um último ponto relativo ao procurar de ajuda. Obter ajuda no outro, seja um amigo ou um profissional de Psicologia, é igualmente uma alternativa e dever importante quando se sente a necessidade de organização mental, emocional e relacional. Tempos exigentes exigem medidas diferentes e potenciadoras de uma maior normalidade funcional pelo que agir com brevidade e assertividade é sinal de saúde mental. João Pedro Lagarelhos Psicólogo Clínico e Coach
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O confronto com situações de pandemia faz inevitavelmente emergir sentimentos, preocupações e crenças despoletadas pela emoção de medo. Quando a sobrevivência fica ameaçada o medo toma conta dos mecanismos biológicos e psicológicos dos humanos. O medo é uma emoção primária, reativa e que está associada a mecanismos de defesa e sobrevivência. Tem, por isso, a função necessária de desencadear mecanismos de proteção perante perigos iminentes. Porém, o medo não tem apenas esta faceta de proteção pois o fato de os humanos serem capazes de antecipar cenários pode levá-los a desenvolver sentimentos, preocupações e crenças desajustadas da realidade. Além disso, a sua persistência durante demasiado tempo ou a sua severidade podem determinar o aparecimento de problemas de ansiedade. Estas manifestações fazem com que a natural função protetora do medo possa adquirir uma valência prejudicial ao funcionamento biológico e psicológico dos indivíduos. Este prejuízo é expresso na existência de sentimentos de ansiedade e/ou stresse que tornam a pessoa vulnerável e causam efeitos negativos nos diversos sistemas do corpo humano assim como nos processos mentais. O que podemos fazer para não deixar o medo tomar conta de nós e assumir uma valência prejudicial?DEIXO-LHE QUATRO SUGESTÕES FUNDAMENTAIS.A ansiedade, nas suas diversas manifestações, constitui atualmente um fator que afeta significativamente o bem-estar de muitas pessoas. Embora tenha a função de ajudar o organismo a lidar com situações de medo, emergência ou surpresa súbita, a ansiedade provoca frequentemente mal-estar emocional e físico nas pessoas. Isso acontece porque o organismo, confrontado com os sinais de medo, emergência ou surpresa súbita, ativa um conjunto de mecanismos que alteram o seu funcionamento psicofisiológico. Quando os estímulos que causam esta reação persistem na vida das pessoas a reação deixa de ser adaptativa e adquire uma natureza prejudicial. A inexistência de procedimentos que permitissem alterar o efeito dessas sensações faz com que muitos adultos sofram de problemas de ansiedade. O desenvolvimento da personalidade ocorre pela transformação evolutiva das modalidades de interação que a pessoa utiliza na relação com o ambiente A alteração das modalidades de interação com o ambiente resulta da transformação das ferramentas mentais que vai permitindo à pessoa a aquisição de recursos psíquicos mais evoluídos. Esta capacidade é traduzida em aumento de confiança, autonomia e intencionalidade nas suas ações. A dificuldade em adquirir estas componentes aumenta a probabilidade de emergirem sentimentos de insegurança, dúvida e, até, incapacidade. O reforço destas vulnerabilidades vai prejudicando o desenvolvimento psicológico e, frequentemente, faz com que recorra a modalidades de interação menos adaptativas e eficazes. A prevalência do medo e insegurança faz emergir manifestações comportamentais ditadas |
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