E chegamos ao final de janeiro, o mês-teste das resoluções de ano novo. 31 dias de oportunidade e o diálogo interno repete-se…”oh, nunca tenho tempo para me dedicar a mim mesmo/a”; “se calhar fui demasiado ambicioso/a quando pensei que conseguia mudar o meu estilo de vida”; “janeiro é só o primeiro mês, ainda tenho mais 11 pela frente”. Mas afinal, o que é que nos impede de alcançar a tão desejada mudança? Porque é que fazemos sempre o ritual das passas, desejos e resoluções, se depois não damos o passo que falta? Podemos falar sobre as dificuldades de traçar objetivos, podemos falar da dificuldade em “arranjar tempo”, podemos desculpar-nos com mil e um desafios que nos impedem de comer melhor, de ir ao ginásio, de correr, de arranjar tempo para os amigos ou de brincar com os nossos filhos… Também podemos debruçar-nos sobre a viabilidade daquilo a que nos propusemos, culpar outros, a meteorologia ou a sociedade, ou então culpar-nos a nós mesmos por nunca atingirmos aquilo que realmente queremos. Então e agora? Estamos num interminável ciclo com tendência a repetir-se ad aeternum? Segundo o Modelo dos Modos Mentais (Williams & Penman, 2011), existem dois tipos de existência mental: o modo “fazer” e o modo “ser”. Desafio-o agora a pensar naquilo que o impede de ser a melhor versão de si à luz deste modelo: 1. Piloto Automático vs Escolha Consciente:
Este alinhamento pode ser importante para nos livrarmos de hábitos e perceber que há mais para além da funcionalidade de um comportamento. Por exemplo, muitas vezes estamos a comer em piloto automático, quase cumprindo a função de nos alimentarmos. Quantas vezes não saboreamos a comida? Quantas vezes não retiramos prazer das refeições? Experimente comer um pedaço de chocolate só para o saborear em vez de comer com o propósito de responder à gula. Vai perceber o que quero dizer. 2. Analisar vs Sentir:
3. Lutar vs Aceitar
Esta dicotomia é uma das que mais interfere na realização da nossa melhor versão de nós. 4. Pensamentos como Realidade vs Pensamentos como Acontecimentos mentais:
5. Evitar vs Aproximar:
6. Tempo Mental vs Tempo Presente:
7. Atividades Esgotantes vs Atividades Estimulantes:
Estas dicotomias apresentadas servem para nos fazer parar e pensar.Claro que não vou conseguir passar do modo “fazer” para o modo “ser” de hoje para amanhã, nem passar a ver a vida com esta abordagem da atenção plena. Contudo, refletir sobre estas questões é o primeiro passo que nos permite pensar nos obstáculos que sentimos e perceber que há trabalho a fazer na direção de sermos a nossa melhor versão. A psicologia é a área que estuda o pensamento e o comportamento, e em terapia são trabalhadas muitas das dimensões aqui faladas, especialmente a capacidade de estar connosco, viver o presente sem julgamento, olhar os desafios com novas perspetivas e aceitar e acompanhar as nossas emoções, angustias e estados de espírito mais negativos. Para perceber um pouco melhor o que é a atenção plena, convido-o a ler o meu artigo anterior. Não é por janeiro estar no fim que não devemos começar a trabalhar na nossa melhor versão…não é de todo um fim, mas sim uma oportunidade. Se se identifica com os pontos referidos, saiba que pode contar com o meu auxílio no caminho da mudança - Para uma melhor versão de si mesmo!
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