Diga-me e eu esqueço, ensine-me e eu lembro-me, envolva-me e eu aprendo Benjamin Franklin Novos estudos têm evidenciado que educar usando como recurso o grito é ineficaz, improdutivo e com repercussões imprevisíveis para a saúde mental das crianças e adolescentes. Assim, se quisermos que a criança/adolescente nos ouça e interiorize a nossa mensagem, devemos argumentar de uma forma lógica para não aumentarmos o risco dela desenvolver comportamentos agressivos ou defensivos. Tal verificou-se num estudo realizado em conjunto pela Universidade de Pittsburgo da faculdade de Educação e pelo Instituto de pesquisa da Universidade de Michigan onde foi demonstrado que adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e os 14 anos, em que os pais costumam gritar, apresentam uma taxa maior de mau comportamento e maiores casos com sintomatologia depressiva. Também foi verificado que os efeitos nos adolescentes são idênticos àqueles causados por pais que batem nos filhos. Portanto, conclui-se que, com o grito, não vamos minimizar os problemas, mas sim agravá-los. Agora que já sabemos quais são os múltiplos perigos que os gritos frequentes podem causar no cérebro infantil/juvenil, está nas nossas mãos, como adultos responsáveis que somos, encontrarmos soluções alternativas para educar corretamente. Por isso, devemos conversar com as nossas crianças/adolescentes num tom de voz calmo e tranquilo, usando termos adequados para a sua idade. E quando sentir que está sob stress e que vai perder o controlo, evite ter esse diálogo nesse preciso momento, deixando para mais tarde, caso contrário perderá a capacidade de disciplinar. Compreendo que não é fácil ser educador, pois tal acarreta grandes desafios e responsabilidades. Surge, assim uma grande questão, o que os pais podem fazer? Quais as estratégias a adotar? Não existindo receitas mágicas nem universais, partilho algumas sugestões na esperança de poder apoiar as famílias com este tipo de desafios. A coisa mais importante a lembrar quando está sob esse momento de tensão, de raiva, é NÃO AGIR enquanto você estiver nesse estado… estabeleça esse compromisso consigo mesmo. o que fazer, quando sentir que está sob stress e vai perder o controlo?1. Conheça os seus gatilhos e defina os seus limites antes de perder o controlo.
Se a sua irritação vem de si – por ter tido um dia difícil e desgastante – explique isso aos seus filhos, e peça-lhes que sejam atenciosos. Esta é uma forma de intervir de maneira positiva de modo a evitar mais comportamentos que o irritem. 2. Acalme-se antes de agir.
Em seguida, respire profundamente - essa respiração profunda é o seu botão de pausa (respire mais dez vezes), dizendo um pequeno mantra em voz alta que restaura a sua calma, nomeadamente: - "As crianças/adolescentes precisam mais de amor quando menos merecem"; - "O meu filho está a agir desta forma, porque precisa da minha ajuda para gerir as suas emoções"; - "Sem discussões, somente amor". Todas estas estratégias são o equivalente a tirar um tempo de folga - sair fisicamente da sala - e depois ter uma estratégia para se recompor. 3. Escute a sua raiva, ao invés de agir sobre ela.
O que fazer para mudar a situação? A raiva geralmente tem uma lição valiosa para nós, mas agir com raiva, exceto em situações raras que exigem autodefesa, raramente é construtivo, porque fazemos escolhas que nunca faríamos num estado racional. E, às vezes, o que estamos carregar e a transmitir raiva para os nossos filhos, o que pode provocar uma reprodução neles do nosso comportamento - nesses casos, devemos de ter a coragem de procurar ajuda. 4. Considere que você faz parte do problema.
Assuma a responsabilidade de, em primeiro lugar, gerir as suas próprias emoções para que o seu filho, embora não se torne bonzinho da noite para o dia, ele acabará por ficar menos zangado e aos poucos agir com mais calma. Dê um bom exemplo aos seus filhos e mostre como você lida de modo responsável com as suas emoções. 5. Reserve um tempo para si próprio
E se os pais estiverem mais tranquilos, os filhos irão certamente, estar mais calmos. As crianças/adolescente não precisam de muito tempo de mãe e de pai, todos os dias, para que se sintam amadas, apenas de tempo de qualidade. como ter um diálogo eficaz? O diálogo, para ser eficaz, deve conter os seguintes componentes:
Para concluir, educar sem gritar é antes de tudo uma escolha pessoal que requer vontade e trabalho diário por parte de toda a família. Lembre-se, o amor é mais poderoso que a raiva… o mundo sempre melhora através do amor. Não há outra solução para isso - essa é a chave para uma comunicação eficaz entre pais e filhos. Nestas situações, as consultas de psicologia constituem ferramentas extremamente válidas para a elaboração de uma comunicação mais frutuosa entre pais e filhos.Conte connosco para o ajudar neste processo, por isso convido-o a marcar uma consulta, estarei aqui para vos acompanhar neste processo.
2 Comments
Ana Teixeira
31/5/2020 09:22:27 am
O Amor é a chave para tudo, será que conseguimos transformar nossa angústia, raiva, frustração em amor? Acredito que sim é um longo processo.
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8/7/2020 02:12:01 am
Olá Ana Teixeira,
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