Escrevo-lhe hoje em viagem novamente. Desta vez, duplamente interna. Estou num comboio rápido que se encontra agora a atravessar o Alentejo para sul e encontro-me num passeio mental interessante de mão dada com pensamentos e memórias que só uma viagem interna num comboio permite viajar cá dentro de nós (próprios). Adoro comboios. O meu meio de transporte de longe preferido pela incursão que o mesmo permite fazer entre o mundo exterior e o mundo interior. E é nesta coabitação psíquica que decido abrir o portátil e transpor parte da minha companhia mental para o “papel” digital. O pensamento não existe sem relação e é no espaço individual (e terapêutico) que se elaboram as relações e se organiza o espaço mental.O Alentejo permite este espaço mental afortunado. Já que o Alentejo fica além e a distância permite olhar de outros ângulos, de outros modelos e paradigmas. O Alentejo permite ainda escutar o silêncio. E ao escutar o silêncio e deixá-lo exuberantemente falar, percebemos que em nós há um mundo interno a fervilhar que tantas vezes o mundo externo obriga a calar ou silencia pela inundação de informação que chega aos sentidos. Mas no Alentejo não. Aqui e dentro deste comboio há silêncio e espaço. E há tempo. Essa dimensão que na atualidade parece estar ao preço do ouro. Escrevo-lhe hoje nesta viagem para sul sobre o momento em que na viagem em sentido contrário, para norte, fiquei alinhado às coordenadas das relações duradouras. Onde o amor, que na verdade, quando é de verdade, |
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