Uma viagem é sempre um recomeço!

31/8/2021

0 Comments

Viajar é viver duas vezes.

Uma vida adquirida e a vida em aquisição.

É viver num estado de curiosidade necessária à saúde mental de todos os humanos.

É dar vida às asas que se tem e que não servem apenas para acolher e segurar o adquirido.

É dar asas às asas que também querem novos ventos, novos voos.

É um estado alterado de essência.

Viajar dá estrutura interna.

Robusta o que lá se encontra.

É um atirar para lá do que se sabe, pelo que é atirar para outra vida.

Não há garantias de nada mas há qualquer coisa no desconhecido que estrutura.

Que organiza. Que faz sentido e faz sentir.

Viajar é, quase, a única maneira de conhecer realmente o mundo.

De um modo real, presencial, com toque, olfacto, audição e visão apurados.

Juntando um paladar que apura tudo isso.

Nada mais é o mesmo depois que é sentido!

Viajar é acima de tudo, compreender.
Compreendermo-nos e compreender o outro.

Viajar oferece a compreensão de que o outro é igual em tantas coisas a nós, sempre para lá das diferenças visíveis.

Porque o outro embora seja doutra terra, doutra religião, doutros hábitos e costumes, sente o mesmo, precisa do mesmo e tem a mesma capacidade cognitiva.

É mais igual do que diferente na verdade!

Viajar ajuda a ser honesto, principalmente, honesto na pessoalidade de uma honestidade interna.

É por isso comum ouvir alguns mais aventurados dizer que vão viajar à procura de si.

Como se se fossem encontrar algures por aí, perdidos numa esquina qualquer em espera prolongada pelo próprio encontro.

Na verdade, viajar dá estrutura, permite uma compreensão pessoal e assim uma compreensão empática para com o outro.

E o outro pode ser alguém de longe mas pode ser o companheiro do lado, a esposa, o marido, o filho, o amigo.

Sem uma compreensão pessoal efetiva haverá muita distorção na compreensão do outro, seja ele quem for, pela projeção pessoal atribuída, pelas carências e inseguranças que custam a aceitar.