Depressão no bebé

A depressão nos bebés existe e pode iniciar-se desde os primeiros dias. 

Uma tristeza estranha em alguém que não teria muito para se entristecer, poucas perdas num tempo tão curto de vida. Mas tem! 
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Uma mãe deprimida tenderá a passar menores cuidados. 

Menores cuidados, maiores tristezas.

Junte-se um ambiente instável, quer manifesto quer latente, e uma tristeza intrínseca poderá instalar-se.

Um bebé que chora, uma mãe que não se consegue organizar hormonalmente e psicologicamente, um pai ausente ou cansado ou sem saber o que fazer (como é normal). 

O caldo entornado e um bebé deprimido.
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Quando se inicia essa tristeza?

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As sensações maternas passam para o novo ser ainda no útero. 
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O feto recebe toda uma panóplia de estímulos que a relação fusional mãe-bebé propicia. 

Largos estudos psicanalíticos e neurocientíficos têm demonstrado a relação do estado mental materno com o impacto no nascimento e desenvolvimento psicológico intra uterino. 

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Assim, uma grávida debilitada, emocionalmente, fisicamente e hormonalmente pode conceber um bebé deprimido.

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A relação mãe – bebé exige uma vinculação e uma comunicação saudável forte. 

Quando há falhas nestes pontos, o desenvolvimento e o processo evolutivo do bebé ficam comprometidos e pode-se originar um quadro de depressão desde os primeiros momentos. 

O bebé deprimido apresenta uma apatia instalada embora procure interacção. 

Muitas vezes, é a ausência de interacção que promove o instalar da tristeza, da apatia, da depressão. 

Um ambiente conflituoso, uma gravidez não desejada, perturbações emocionais maternas associadas, formam os ingredientes à depressão infantil que, muitas vezes, surge associada a frustrações precoces e graves que tiveram lugar no sistema familiar.
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8 grandes sinais de alerta para um eventual diagnóstico de depressão no bebé:

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1. Dificuldade permanente em dormir;
2. Apatia generalizada;
3. Dificuldade em interagir;
4. Choro compulsivo e dificuldade em encontrar consolo de qualquer tipo;
5. Dificuldade em estabelecer ritmos de amamentação;
6. Baixa vitalidade;
7. Dificuldade em acalmar e uma inquietação estranha permanente;
8. Competências cognitivas baixas.
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Dicas rápidas para casos potencialmente semelhantes:

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A procura de ajuda psicológica deve ser feita desde cedo. 

Atuar precocemente não só acelera o tratamento como previne o alargar de quadros psicopatológicos graves. 

Assim, uma mulher grávida que esteja deprimida, muito ansiosa, instável ou debilitada deve iniciar um processo psicoterapêutico. ​
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O bebé deprimido precisa de interacção. 

Assim, torna-se crucial passar tempo de qualidade com a mãe. 

Ser estimulado, ser amado. 

Passar algumas noites “agarrado” à mãe pode ajudar neste sentir o outro. 

Embora o retorno, nos primeiros tempos, seja deficitário, promover a estimulação, o brincar e os sentidos do bebé ajudá-lo-ão a sentir-se pertence e que existe mundo fora dele. 

Esta interacção é um momento no qual é expresso muito mais do que está manifestamente a ser expressado. 
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A interacção com o bebé é uma expressão de amor, de emoção, de compreensão e de estabelecimento de vinculo afectivo. 

São as respostas que o ambiente exterior, e nomeadamente, as respostas que os pais dão às necessidades do bebé que formam a imagem deste para a construção interna das suas capacidades. 

Uma contingência necessária para um desenvolvimento saudável.
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Se de alguma se forma se identifica com este artigo, conte com o meu auxílio neste processo.
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Dr. João Pedro Lagarelhos
Psicólogo Clínico e Life Coacher no Learn2be Algarve
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