Auto Estima. Quando a história de amor é errada!

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A estima é o valor que se atribui. 
​A auto-estima é o valor pessoal, o amor próprio. 

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Amor que pode ser um amor errado, vivido de forma errada, com foco no alvo errado, num tempo e espaço que não se encontram, com validações ou a sua falta de forma, desculpe-me a repetição, errada.
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​Errado significa que não segue a direção adequada, e neste tema, refiro-me a que não seguiu, com conjugação no tempo passado, a direcção mais aprazível ou mais esperada para uma imagem de si num processo evolutivo necessário, mais alinhada ao ser da pessoa.
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Muito comum, no tempo e sociedades atuais, canalizarmos o ser para o ter, um foco desfocado da pessoa enquanto ser em crescimento e em aceitação das heranças que herda, falo claro da genética e do ambiente ou contexto em que cai ao vir pendurado pelo bico de uma cegonha. 

Romances e outras histórias à parte, o valor pessoal começa a ser estimado desde cedo, no ambiente e nas relações com os modelos parentais ou educacionais, com os pares e com as crenças que vão sendo cristalizadas. 

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Uma imagem de si vulnerável às circunstâncias, um amor, portanto, que pode vir a ser uma história errada. ​

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E nós adoramos histórias de amores perfeitos que nos fazem ter esperança e sentir que vale a pena este tempo incrível a que chamamos de vida. 

E vale! Vale por isso a pena olhar para o que é este conceito da auto estima com olhos mais abertos e lentes mais profundas.
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Olhar a Auto Estima

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A auto estima faz parte do processo evolutivo humano, com forte influência das experiências vividas na infância relativas, mas não só, à relação com os pais. 

As crianças modelam dos pais.

As crianças vão buscar a sua aprovação, nomeadamente, até cerca dos dez primeiros anos, à imagem e à relação que estabelecem com os primeiros cuidadores. 

Assim, percebe-se que crianças que sentem que nunca estão de acordo com o olhar dos pais, com os seus desejos e projecções, podem tornar-se adolescentes e mais tarde adultos com um ego magoado, uma auto estima mais vulnerável, digamos.
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Dr. João Pedro Lagarelhos no programa "Manhãs na TV" desenvolveu o tema:
Como lidar com a Ansiedade.

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​Este Ego, ou seja, o eu de cada um, pode ficar aprisionado em padrões de pensamento, comportamento e acção mais narcísicos, significa isto, uma compensação ao valor pessoal mais fragilizado.

Neste processo evolutivo que constrói a imagem que cada um faz de si, nas experiencias e nas crenças que se vão agarrando com unhas e dentes ao modo de se ver, de ver os outros e o mundo, é possível verificar que a história de amor pessoal é errada. 
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Por vezes, numa imagem precoce idealizada da forma de ser amado pelo cumprimento de tarefas ou pelo sucesso de atingir objectivos elevados aos olhos dos pais, cria-se uma relação insegura com estes primeiros cuidadores com a consequência de uma aprendizagem clássica mas errada, de que o amor vem do atingir das expectativas dos outros sobre nós. 

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E assim, uma vez mais de forma errada, construímos uma historia de amor errada com a estima pessoal. 
Inicia-se o caminho do Ter ao invés do Ser.

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Na melhor das intenções e no intuito de passar os melhores recursos, acaba-se muitas vezes por apresentar aos filhos um mundo onde o foco está no Ter e não no Ser. 

Importante desmistificar esta necessidade e incentivar e implementar planos de educação voltados para a pessoa ser fiel a si, esforçar-se para ser o melhor de si, ao invés do melhor do grupo ou que tem melhores notas ou resultados. 

Os prémios de mérito entrariam aqui num novo paradigma e teriam de ser transformados, em vez de premiar o melhor resultado, teriam de premiar o melhor esforço. 

Não seria errado, talvez difícil de quantificar. Importa aqui refletir que a atual cultura ocidental transmite desde cedo o procurar a aprovação dos outros e a depender o valor pessoal de cada um do que os outros atribuem. 

E assim, era uma vez uma história de amor é errada.
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​Formas de alterar a história de amor errada

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Importa referir que qualquer que seja o peso da bagagem emocional, genética ou ambiental, o ser humano tem sempre o poder de escolher fazer diferente, com estratégias, novos paradigmas e novos conhecimentos acerca de si. 

Um trabalho pessoal e intransmissível. 

Assim, através de um processo dinâmico, como é a aquisição da auto-estima, é possível alterar a história de amor pessoal errado.
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Comecemos pelo inicio, afinal qualquer história tem um começo. 

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Começar pela aceitação das nossas próprias limitações é crucial. ​Aceitarmos quem somos, o que escolhemos e o que fomos experienciando. 

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Tolerar alguns erros e orgulharmo-nos das conquistas pessoais que fomos fazendo, ajudam (re)escrever esta história de amor que não tem de ser ou estar errada.
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Manter uma conversação interna, perceber o que tem sido evitado e porque razão, perceber o que é adiado e quando o faz qual é a emoção subjacente. 

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Cuidar de si, faze-lo pelo amor pessoal e
​não pelo olhar externo. 

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Acima de tudo, insistir na honestidade pessoal e alinhar os quereres aos seres pessoais.

Ter prazeres, alegrias e momentos de felicidade mais regulares alimentam novos olhares pessoais. 

Concretizações e satisfações ajudam num propósito de vida alinhado ao verdadeiro Eu de cada um e assim, um amor próprio numa história de amor correta.
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Escolha o amor próprio, escolha-se a si! Marque a sua consulta ainda hoje e encontre a sua auto estima novamente.

Dr. João Pedro Lagarelhos
Psicólogo Clínico e Life Coacher no Learn2be Algarve
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