O Francisco tem 27 anos. Assim que entra na sala e se senta, as suas primeiras palavras são: “Não tenho autoestima nenhuma. O meu valor? Perto de zero. Sinto-me constantemente avaliado, como se estivesse debaixo de um foco de luz, a desempenhar um papel a toda a hora. E pior ainda: não sei se alguma vez conseguirei fazer melhor”. Os pensamentos recorrentes da Inês, uma mulher solteira de 36 anos, incidem maioritariamente sobre a sua sensação de incapacidade, de não conseguir fazer as coisas bem feitas: “Sinto-me pequena, uma sensação de inferioridade, como se fosse uma criança que só faz asneiras, o que faço nunca é suficiente, nunca está bem, vou sempre cometer algum erro”. A Maria tem 58 anos. Refere com preocupação: “Tenho toda uma carreira profissional bem sucedida para trás, tenho uma relação estável e dois filhos ótimos, mas porque é que sinto que estou a falhar? Sinto que a minha família espera mais de mim. E acabo sempre por duvidar de mim, por me pôr em causa, nunca faço o suficiente”. O João, profissional numa empresa há mais de 30 anos, e já perto da reforma, destaca a ansiedade que ainda sente sempre que entra para uma reunião: “Fico ansioso, fico muito ansioso. Aqueles ataques do meu chefe, as críticas que ele faz nas reuniões de equipa, eu até sei que ele diz aquilo para todos, mas não consigo evitar, sinto como se fossem especialmente dirigidas a mim, que sou eu que estou a falhar”. Possivelmente algumas das questões acima referidas são também as suas preocupações. Sente-se tantas vezes ansioso/a, sem saber de onde virá a próxima exigência, a próxima avaliação, o próximo escrutínio daquilo que faz, e se o faz bem ou mal. Chegados aqui, o que fazer? |
E-book Grátis:Sobre este blog:Bem-vindo ao Blog Learn2be Academy. Categorias
Todos
|